Sabia que o Alan Wilder foi cogitado pra ser integrante do The Cure?
O Recoil, projeto solo de Alan Wilder, saiu em turnê mundial em 2010 e tivemos a honra de vê-lo também no Brasil. Em sua passagem pelos Estados Unidos, Alan concedeu uma entrevista para um site de variedades chamado Bullz-eye.
Nessa entrevista, ele comenta muito sobre como é hoje a sua relação com os ex-colegas do Depeche Mode e a noite em que se apresentaram juntos, e também peculiaridades sobre produção musical tanto com o DM como do Recoil.
Aqui vai um trecho da entrevista traduzida, onde ele comenta sobre como foi o processo de produção da música “Walking In My Shoes”.
BE: Eu amo a história sobre como você transformou “Enjoy the Silence” de uma balada para uma música de pista. Que outros momentos mágicos em estúdio você particularmente curtiu?
Alan Wilder: Acho que fomos mais inventivos nas músicas do álbum “Songs of Faith & Devotion”, voltando ao que eu estava dizendo antes sobre como trabalhar com Flood e forçando um pouco os limites. Lembro-me da primeira vez que gravamos “Walking in My Shoes”. Foi a primeira e, possivelmente, a única vez que a banda tocava junto. Nós nunca fomos esse tipo de grupo, nós só meticulosamente programamos música. Sim, não haveria elementos de performance, mas eles tendem a ser ‘overdubs’ e em performances individuais. Flood disse: ‘Olha, vamos fazer algo diferente’. Nós estávamos chegando a lugar nenhum, tentamos diversas maneiras de gravar essa faixa, e nenhum parecia bom. Assim, após a terceira ou quarta vez, Flood finalmente disse: “Olha, sentem todos aí, peguem um instrumento e vamos tocar juntos”. E isso foi recebido com desdém. “O quê? Do que você está falando? Tocar juntos?”. Um conceito desconhecido ao Depeche Mode. Daí, Martin tinha uma guitarra, eu tinha um baixo, alguém tinha um pandeiro, tínhamos um rhythm box, e nós só fizemos o barulho. E depois disso, conseguimos a batida principal para essa música, a linha de baixo e linhas de guitarra. Eu não estou dizendo que foi algo especial. Tudo o que eu estou dizendo é que o processo era tão diferente e tão incomum, e nós conseguimos um resultado a partir dele, que eu tive um bom pressentimento sobre isso. Mais uma vez, voltando ao que eu estava dizendo, foi um daqueles momentos em que nós fizemos algo diferente, e com isso veio uma coisa muito forte. Eu gostaria que tivéssemos feito mais coisas desse tipo.
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Leia a entrevista na íntegra (em inglês, mas realmente vale a pena!) aqui!
(Créditos: Depeche Mode BR)