RESENHA: Helloween – Pumpkins United Tour – Espaço das Américas 28/10/2017

 

Por Lou Leal

Quando a vida inesperadamente te dá a chance de ver uma reunião histórica. No palco Kai Hansen, Michael Kiske e Andi Deris juntos. Quem poderia imaginar isso? Ninguém! Quem poderia imaginar que eu estaria alí para ver isso? Ninguém e muito menos eu! Principalmente porque eu não tinha conseguido comprar ingresso pro show. Mas através de um conhecido consegui o meu aos 45 do segundo tempo.

Alguns dirão: ‘Não sabia que você gostava de Helloween’. Apesar de não ser banda de cabeceira, ela foi uma das primeiras que eu ouvi, faz parte das minhas memórias afetivas e volta ao post que conto sobre as minhas influências. O Helloween vem da época que meu irmão e eu sentávamos em frente a TV, assistindo Clip Trip. Vez ou outra gravávamos alguns pra assistir até enjoar e numa dessas ele me mostrou o clip de I Want Out, eu adorei a banda a partir daí.

Não foi a primeira vez que vi a banda, já havia visto em 1998 quando eles vieram em um show organizado pela rádio 89, mas com Kai Hansen e Michael Kiske foi único.

Voltando a inesperada noite de ontem.

O show aconteceu no Espaço das Américas, na minha opinião um dos melhores lugares pra show em São Paulo. A banda faria a primeira noite dos dois shows marcados aqui (o outro aconteceu no domingo, 29/10), da turnê Pumpkins United onde os 3 vocalistas da banda excursionarão juntos. A turnê começou em 19/10 no México e seguirá até 2018.

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Os vocais em boa parte foram divididos entre Andi Deris e Michael Kiske, Kai Hansen ficou mais tempo com a guitarra porém também teve seu momento no vocal lá no meio do show quando cantou Starlight / Ride the Sky / Judas / Heavy Metal (Is the Law) e também quando os três se juntaram pra cantar How Many Tears.

Abriram o show com a infinita Helloween (infinita, porém maravilhosa) e na sequência mandaram Dr. Stein. O set seguiu cheio de canções cantadas em uníssono pelo público, não houve uma que eu percebi menor empolgação do público. Claro que algumas eram mais que outras, principalmente as da fase Michael Kiske.

E lógico que as mais aguardadas ficaram para o finalzinho. Primeiro encore: Eagle Fly Free e Keeper of The Seven Keys; Segundo encore: Future World e fechando com I Want Out.

Ponto alto? Todos! Principalmente porque há alguns dias Michael Kiske teve um problema na voz e quase cancelou o show que faria em San Jose, mas ainda bem que isso não aconteceu, apesar de terem tirado algumas canções do set para que o show pudesse acontecer. Ele continua cantando igual a um imbecil! Maravilhoso!

Eu ainda estou tentando juntar as idéias e processar o que eu vi nessa noite. Até esse texto eu fiz várias idas e vindas pra conseguir escrever porque não queria deixar pra outro dia. Porque é difícil escrever todas as sensações que eu tive, tudo o que vi e ouvi, principalmente quando estou voltando a escrever depois de muito tempo parada desse tipo de atividade. Não existem palavras para descrever os sentimentos que eu tive na noite de 28/10/2017 ao testemunhar a reunião de 3 vozes tão incríveis, com músicos tão incríveis, cantando canções incríveis e tão cheias de recordações pra mim. Como mencionei, não é banda de cabeceira, mas faz parte das minhas memórias afetivas, faz parte de um tempo onde começava a conhecer os estilos que fariam parte do meu acervo sentimental, pessoal. Enfim, é difícil explicar a relação que eu tenho com o Helloween. Só sei que gosto muito e saí de lá muito feliz por ter tido essa chance. Sem dúvidas um dos melhores shows que fui na minha vida, mesmo com as observações negativas em relação a qualidade do som.

 

Setlist

Halloween
Dr. Stein
I’m Alive
If I Could Fly
Are You Metal?
Rise and Fall
Waiting for the Thunder
Perfect Gentleman
Starlight / Ride the Sky / Judas / Heavy Metal (Is the Law)
Forever and One (Neverland)
A Tale That Wasn’t Right
I Can
Drum Solo
Livin’ Ain’t No Crime / A Little Time
Why?
Sole Survivor
Power
How Many Tears

Encore:
Eagle Fly Free
Keeper of the Seven Keys

Encore 2:
Future World
I Want Out

PS: Como não fiz muitos registros, tanto pela distância do palco como pelo motivo de ‘quero ver o show’, coloquei trechos de alguns vídeos que fiz e a única foto que tirei.