Keep Feeling (Fascination) – Mais que shows, experiências inesquecíveis

Por Lou Leal

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Eu ia bastante a shows. Adorava os festivais tipo Philips Monsters Of Rock, Hollywood Rock, porque você via muitas bandas pelo preço de 2.

Já vi muitas bandas que queria, que não fazia a menor questão de ver (Slayer e Manowar são 2 exemplos), perdi a oportunidade de ver bandas porque não tinha grana pra ver todos os dias do festival, então tinha que escolher (Eu tive que optar entre ver Poison e Robert Plant em 1994. Fui ver o Plant, não me arrependo, mas se eu pudesse teria visto o Poison também).

 

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A partir de 1992 eu fui todos os anos no Hollywood Rock (a última edição aconteceu em 1996). O show de 1992 foi o meu primeiro e nessa edição escolhi o dia que se apresentariam Skid Row, Extreme e Barão Vermelho. Era uma época que eu era apaixonada pelo Sebastian Bach e pela banda (ainda gosto muito), cantava pela casa todas as músicas do álbum Skid Row, começava a aprender as músicas do Slave to The Grind e contava os dias para ver o show. Lembro de estar de férias na praia, com meu pai, quando meu irmão me ligou e contou que haviam comprado o ingresso pra mim (fazia pouco tempo que meus pais haviam se separado e a gente passava por uma situação meio complicada em casa, então ganhar aquele ingresso teve um sabor especial em vários sentidos). Combinei tudo com um vizinho meu que iria para o show também, o pai dele nos levaria até o Pacaembú e depois nos buscaria. Aquele dia foi mágico e inesquecível! Em outras edições vi Alice In Chains, Live, Ugly Kid Joe, o Robert Plant veio novamente acompanhado do Jimmy Page (chorei ouvindo Kashmir).

Philips Monsters of Rock, das edições de 1994 a 1998 também fui a todas. Vi bastante banda legal: Kiss, Ozzy Osbourne, Alice Cooper, Motörhead, Saxon, Savatage, Glen Hughes, King Diamond, etc; Mas também vi bandas que não tenho muita vontade: Slayer foram 2 vezes, uma na primeira edição, eles tocaram antes do Kiss, e eu dormi praticamente o show inteiro. A outra banda foi o Manowar, que prefiro nem comentar o que acho deles.

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Fora os festivais tiveram shows da Rádio 89, Skol Rock, shows avulsos como Metallica em 1993, Guns n’ Roses, U2, Kiss, Motörhead, Bon Jovi, Judas Priest, Whitesnake, A-ha, Rolling Stones. Apenas para citar alguns.

Mas amarguei um hiato grande de ida a shows. Parte falta de grana, parte falta de oportunidade (perdi muito show bacana porque os ingressos se esgotavam em segundos), e esse ano parece que estou tirando o atraso. Claro que de forma seletiva porque dinheiro não nasce em árvore e os preços estão pela hora da morte.

Vi o Europe, uma vontade bastante antiga. Joey ‘Mozão’ Tempest continua cantando como nunca e é um super frontman, mas o show estava vazio. Claro que todo mundo que estava lá estava curtindo muito e apesar de previsível no quesito set list, foi ótimo e cheio de energia do início ao fim. Ouvir todos aqueles clássicos na frente do palco (pra vocês verem como estava vazio porque sou meio claustrofóbica e não consigo ficar no meio da galera), de frente com Joey Tempest, foi sensacional.

Vi também o Midnight Oil. Essa banda é daquelas que entram na categoria memória afetiva, apesar de não conhecer muito do trabalho deles. A última vez que eles se apresentaram por aqui foi em 1997 no Olympia (tempo pra caramba), mas eu não fui. Quando anunciaram o show desse ano fiz questão de comprar o ingresso e ir porque sempre me falaram muito bem dos shows deles. Não me arrependi em nenhum momento de ter ido. Já entraram no palco com Blue Sky Mine pra levantar todo mundo e mandaram um set list com 25 músicas, foi mais de 2 horas de show. Peter Garrett, com seus 1,93m, é uma das figuras mais carismáticas e fofas que já vi em um palco. Super comunicativo e um baita bailarino. Quem nunca viu ele dançando, dá uma olhada nesse vídeo da música Forgoten Years, gravado do show aqui de São Paulo (gosto tanto dessa música que dói quando ouço).

Outro show que vi esse ano foi o Def Leppard. Acho que não imaginei vê-los por aqui tão cedo. Anunciaram o show no Rock in Rio e eu torcendo por um show aqui. Anunciaram o São Paulo Trip, com line-up de 4 dias com bandas maravilhosas: Bon Jovi, Guns n’ Roses, Def Leppard, Aerosmith, The Who, The Cult e eu escolhi o dia de Def Leppard e Aerosmith, mas só vi o Def Leppard.

Me julguem, porque apesar do Aerosmith ter anunciado ser a última tour a probabilidade de vê-los de novo é maior do que ver o Def Leppard. Que show, meus amigos! Aquele backing vocals deveria virar patrimônio da humanidade de tão perfeito. Def Leppard é maravilhoso e um show desses não deve ser ignorado nunca, apesar de que metade do Allianz não fazia a menor idéia dos MONSTROS que estavam se apresentando alí naquele palco. Uma pena, perderam uma grande oportunidade!

Ontem, 5/11, eu fui ver o Bad Religion e o Dead Fish, além de 3 outras bandas de punk/hardcore que eu não conhecia. Apesar de perceber que todas eram muito conhecidas.

Mas sobre esse show quero fazer um post a parte. Não sou uma grande conhecedora do estilo apesar de gostar muito, então não quero deixar comentários superficiais a respeito do que vi, até porque ouvi algo bastante chato no show do Dead Fish, que já ouvi inúmeras outras vezes em outros shows, que quero deixar um ‘protesto’ a respeito. Mas resumindo, todos os shows foram muito bons e ver meu amigo Rodrigo Lima, pela primeira vez tocando, foi algo muito legal. Apesar de sermos amigos há algum tempo, não tinha ido ainda a nenhum show.

Enfim, ir a shows é algo que redescobri que me faz muito bem, que gosto muito. Não sei como fiquei tanto tempo sem. Espero manter a periodicidade daqui pra frente, isso se os preços ajudarem também.